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Seguro residencial é pouco utilizado

14/03/2013
Seguro residencial é pouco utilizado Só 10% dos lares brasileiros têm alguma cobertura para acidente ou roubo, enquanto nos EUA, Inglaterra e Chile, o número chega a 85%, segundo a Tokio Marine

Ao sair de casa, as pessoas costumam ter cuidado com os bens que carregam, como bolsas, carteiras, cartões de crédito, documentos pessoais, celulares e com o carro. A atenção é tanta que a aquisição do seguro de veículos  já se tornou uma prática comum. Mas ao cruzar a porta para a rua, a maioria não se preocupa com os cuidados que deve ter ao deixar a casa fechada. O resultado é que, embora exista há anos, o seguro residencial é pouco utilizado pelos brasileiros, apontam as seguradoras.

A seguradora Tokio Marine aponta que o baixo custo da apólice residencial é inversamente proporcional à quantidade de pessoas que contratam alguma cobertura residencial no Brasil. Apenas 10% das residências brasileiras têm alguma cobertura para casos de acidentes ou roubos, enquanto em países como Estados Unidos, Inglaterra e Chile o número chega a 85% de adesão.

Entre as razões para a baixa adesão a esse tipo de seguro, o diretor da Tokio Marine, Marcelo Goldman, destaca o desconhecimento do custo do produto. “O custo da apólice corresponde, em média, a 0,2% do valor do imóvel.” Marcelo Goldman lembra que o seguro também agrega benefícios como assistência em consertos domésticos e de eletrônicos.

Um levantamento da seguradora Liberty mostra que os principais problemas dos lares brasileiros estão danos elétricos (38%), seguidos de roubo (27%) e danos decorrentes de vendaval (13%). “Esse tipo de seguro não se difundiu tanto quanto o de automóveis ou o de vida. Mas ele é uma garantia para quem quer ficar amparado no caso de imprevistos como um incêndio ou descarga elétrica”, exemplifica o superintendente da Liberty, Mário Cavalcanti.

Ele explica que não há um seguro-padrão. A cobertura depende do tamanho e das características do imóvel. “O seguro para um apartamento médio, no valor de R$ 300 mil, gira em torno de R$ 100, enquanto uma casa na mesma faixa de preço custa em média R$ 230. Mas há também variáveis a serem observadas como, por exemplo, se é uma casa de veraneio, que fica fechada por um período, o que pode aumentar o risco de roubos, ou prédios com varanda de vidro, que pode cair acidentalmente e ferir terceiros que estejam passando na hora”, indica.

Cavalcanti orienta que, antes de escolher o seguro, o dono do imóvel deve procurar um corretor de seguros de referência. “Assim, o cliente pode ter uma proposta direcionada às suas necessidades.” Também é importante checar o que o pacote de seguros cobre e conferir se a corretora está cadastrada no site da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que fiscaliza as seguradoras.

Fonte: Jornal do Commercio